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  • Foto do escritorCaio Zenero Pinheiro

Masculinidade tóxica: emoção também é coisa de homem!


Coisa de homem! -Você com certeza já ouviu essa frase, mas será que parou para pensar o que, realmente, ela significa? Afinal, que coisa é essa? A construção de uma ideia estereotipada sobre o que é ser homem está intimamente vinculada ao que chamamos de Masculinidade Tóxica - convenções sociais e situações cotidianas que definem um conjunto de regras, determinantes aos comportamentos que deveriam ser o padrão aos sujeitos identificados com o gênero masculino.


Desta forma podemos afirmar que, por influência da cultura, dos veículos midiáticos e de imagens pré-concebidas, se constrói um ideal de masculinidade que aproxima o homem de condições bastante agressivas - homens devem ser fortes, independentes e durões!


Por decorrência dessas normas, as necessidades sociais dos homens são amplamente impactadas. O homem acaba experienciando o medo da vulnerabilidade e da fraqueza e, por esse motivo, assume um lugar de silêncio no qual as emoções são reprimidas, só podendo ser expressas pelo viés da agressividade e da violência - trata-se de um modo constitutivo que impede a comunicação de medos, angústias, receios e dilemas uma vez que toda a forma de expressão e verbalização dos sentimentos resta compreendida como um sinal de fraqueza.


A violência como linguagem


A incapacidade de expressão dos sentimentos e emoções é muito comum entre os homens - Desde muito cedo meninos são ensinados a não expressarem as suas necessidades afetivas, o que faz com que, na vida adulta, não sejam capazes de identificar e nomear os seus sentimentos, assim, a violência se estabelece como linguagem - uma linguagem que vai invadir as relações sendo bastante nociva para todos!


A masculinidade em números


De acordo com estudos organizados pelo documentário “O silêncio dos homens” (2019), temos os seguintes dados:


Códigos sociais ameaçadores


Comportamentos impulsivos, destrutivos e desmedidos são a tradução desse fenômeno, não é de se surpreender que os números apresentados pelo estudo comprovem essa realidade. A grande questão é: a masculinidade tóxica deixa como legado códigos sociais ameaçadores que impactam a saúde física e psicológica de homens, mulheres e todas as pessoas que vivem ao seu entorno.

Hoje, algumas ações estão sendo propostas para que a masculinidade seja ressignificada, fazendo com que homens consigam acessar suas fragilidades, medos, angústias e frustrações. Como alternativa surge a informação, a abertura ao diálogo e a psicoterapia.


Algumas discussões relevantes sobre o tema:


O diálogo é um aliado imprescindível nessa luta, sendo assim, fica aberto o convite, vamos conversar?

Caio Zenero Pinheiro

Psicólogo Clínico

CRP: 06/174963

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