Hoje, Dia Internacional da Mulher, é importante refletirmos sobre o espaço que ocupamos atualmente e sobre a história que nos trouxe até aqui. Já pensou sobre a origem desse dia? Será que ela é uma história única?
Na foto - Clara Josephine Zetkin, nascida Eißner, (Wiederau, 5 de julho de 1857 — Arkhangelskoye, 20 de junho de 1933) foi uma professora, jornalista e política marxista alemã. É uma figura histórica do feminismo. Foi uma das fundadores e dirigentes do Socorro Vermelho Internacional, e uma das propositoras do Dia Internacional da Mulher.
Diferentes versões sobre o mesmo fato
Não é pacifica a data e a justificativa para o surgimento do 08 de março como Dia internacional da Mulher.
A versão mais conhecida é a de que a data surgiu por conta de um incêndio em uma fábrica têxtil em Nova York, causando a morte de 130 operarias carbonizadas, em 1911.
A própria versão do incêndio é confusa, uma outra descrição diria que o incêndio aconteceu no século 18 e o fogo teria sido proposital, pois as trabalhadoras teriam entrado em greve, solicitando diminuição da carga horária (na época 14 horas diárias). Parte das grevistas teriam sido trancadas no galpão e a fábrica foi incendiada.
A propositura da data oficialmente
Existe ainda uma terceira versão paralela a essas, e mais aceita.
Em 1910, as militantes Clara Zetkin e Alexandra Mikhaylovna Kollontai propuseram a criação de um Dia Internacional da Mulher no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas em Compenhagem.
Somente em 1975, por meio de um decreto, a ONU oficializou o dia 8 de março como Dia Internacional da Mulher.
A invisível luta das mulheres
Essa multiplicidade de versões expõe duas questões, a primeira é, de fato, a invisibilidade da luta das mulheres. Com poucos registros, os fatos se confundem, e enfraquecem uma história que é tão importante. Imaginem a quantidade de fatos e de mulheres que lutaram e que a história formal não registrou, simplesmente por se tratarem de mulheres.
Também somos diversas
Por outro lado, expõe também a multiplicidade da luta da mulheres.
Sim, não somos iguais. Não passamos pelas mesmas situações, não sofremos os mesmos métodos opressores. Mas ainda assim, temos uma luta e uma necessidade que une, a necessidade de ser igual, em direitos e oportunidades.
É importante reconhecer essa multiplicidade, e dar espaço para as diferenças.
É importante entender que cada mulher escolherá forma de luta que lhe é possível, naquele momento.
Algumas mulheres estudam, sistematizam e expõe essa opressão, outras buscam educar suas filhas e filhos de uma maneira diferente, outras mulheres vão para política, vão pra rua.
Não existe um jeito certo ou errado de passar o 08 de março, da mesma forma que não existe um jeito certo ou errado de existir e resistir nessa sociedade. O que é possível é mesmo encontrarmos o nosso jeito e a nossa revolução.
Que nesse 08 de março que a gente só não se esqueça de uma coisa: somos semente.
Para saber mais sobre a luta para conquistar também um dia internacionalmente relevante:
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