Vivemos em um sociedade desigual, homens e mulheres não interagem da mesma forma e não passam pelos mesmos obstáculos. Quando se trata de trabalho, renda e desenvolvimento econômico, temos os espaço de poder dominados por homens, onde as mulheres ainda são exceção. A pergunta é, como podemos modificar isso?
O mundo todo está, de fato, falando sobre equidade
Apesar do tema parecer muito batido: chegada da mulher no mercado de trabalho. Só estudos muito recentes começam a indicar como essa discussão não deve só fazer parte do vocabulário feminista, mas também se inserir nas temáticas gerais sobre desenvolvimento econômico, inclusive, na iniciativa privada.
Diversos estudos em todo o mundo demonstram como a igualdade de gênero e melhores oportunidades para as mulheres têm melhorando significativamente inúmeras economias.
O próprio Banco Mundial publicou recentemente uma série de estudos estruturados em torno de oito indicadores, quais sejam: mobilidade, local de trabalho, remuneração, casamento, paternidade, empreendedorismo, patrimônio e pensão, os quais são utilizados para construir evidências de que melhores oportunidades para mulheres, e políticas de Estado voltadas para isso, são melhores oportunidades para todos.
Mulher no mercado de trabalho no Brasil
No Brasil essa é uma realidade ainda muito distante, uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2018 indicou que as mulheres, em média, são mais escolarizadas que os homens.
Mas, ainda assim, o rendimento médio delas equivale a cerca de ¾ dos homens.
Além disso, no Brasil, 60,9% dos cargos gerenciais (público ou privados) eram ocupados por homens enquanto apenas 39,1% pelas mulheres em 2018.
A dimensão educacional revela ainda a grande desigualdade existente entre mulheres, segundo sua cor ou raça: 23,5% das mulheres brancas têm ensino superior completo, um percentual 2,3 vezes maior que o de mulheres pretas ou pardas (10,4%) que concluíram esse nível de ensino.
Nota-se que no Brasil, ao menos a nível nacional, a adoção de políticas, práticas e processos de equidade de gênero ainda é pouco avançada. Empresas multinacionais de grande porte tem um desenvolvimento melhor nessas áreas, mas ainda muito tímido quando se aprofundam os critérios.
Os avanços para alcançar a igualdade de gênero ganharam força e iniciativas para aumentar a diversidade tem sido implementada em empresas e organizações no mundo todo.
O desafio é como podemos começar mudanças no micro para surtir efeitos no macro?
Vivemos em um país de pluralidades e elas são o que nos constituem, são etnias, gênero, pessoas com deficiência, diferentes classes sociais, de forma que não é possível fechar os olhos para essas questões no mundo dos negócios.
Como transformar o mercado brasileiro em um ambiente com oportunidades iguais para homens e mulheres?
Como integrar os homens, que são maioria no mundo corporativo, nesta discussão?
De modo que tal mudança gere também melhorias para as empresas e para a economia.
Projeto Diálogos para Equidade
Pensando nisso, lançamos o projeto Diálogos para Equidade, com o objetivo de dialogar com gestores e colaboradores para a construção de um ambiente de trabalho mais diverso e que com direitos e oportunidades iguais para homens e mulheres.
Considerando que toda empresa tem, além de seus objetivos, um importante papel social, nosso desafio é contribuir para mudança concreta dentro do ambiente corporativo, e que essa mudança se espalhe para outros setores da sociedade.
Provocar o diálogo e troca dentro da empresa pode possibilitar a construção de processos igualitários mais eficientes do que aqueles impostos de forma vertical, desconstruindo os estereótipos de gênero que, ainda, perpetuam na maior parte das corporações.
Em breve divulgaremos nossa agenda de eventos, esperamos que vocês possam participar fisicamente ou no ambiente virtual. É um espaço para diálogo para abraçar as diferenças e construir uma sociedade diferente.
Para saber mais entre aqui.
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